segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Deixo estar

Paro, penso, com os nervos à flor da pele
Coisas assim me deixam nervosa
Jogo de sedução e palavras amáveis
Porque ele veio como se sempre estivesse
Embora nunca tenha existido em mim

Seria fácil deixá-lo se quisesse me deixar
Mas não seria impossível esquecê-lo
Já que está e não está
Já que foi, permaneceu e não voltou
Mas de alguma forma, ainda está aqui...

.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A alma do som

A vida é uma música que toca em todas as direções,
e transborda entre os dedos,
os olhos,
as expressões
e todos sentidos humanos.

E cada momento tem merecidamente uma trilha sonora,
um fundo musical acoplado em um estado de espírito,
e uma alma soltando pelos poros diferentes vibrações de diversas cores.

A música é uma vida interpretada por uma alma,
cujo sentido é única e exclusivamente representar
(como em uma peça simples de teatro em um tablado, simples mas significativa a ponto de ser importante).


E todas as notas se desfazem em sentimentos,
e todas as melodias caem como uma luva sobre as cabeças dos personagens,
e todos os momentos são regados zelosamente com suspiros tocados em um violão,
e toda a história se mescla com o um ar diferente e sonoro.

Essa é a vida,
é a música,
é a história pessoal de cada um de nós, é o nosso próprio filme na TV das lembranças.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Verdade Verdadeira

E hoje finalmente aprendi...

Quer ser mais feliz com você mesmo e deixar de se preocupar?
Ouse,
Dê a cara à tapa,
Vá atrás do que te faz feliz!

Tente a Sorte.
Quem sabe em meio a um jardim de trevos exista um de quatro folhas.

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Maré de gente

Penso em vida...

e logo penso em uma multidão de pessoas indo e voltando como um mar furioso, onde você nunca sabe qual onda pode bater mais forte e te derrubar nas pedras.

E aí você que está lendo me pergunta: "E como saber qual a onda prejudicial?"


Respodo de imediato!


Apenas pegue seu guarda-sol e procure um lugar tranquilo na praia, de onde você possa ter uma visão privilegiada da paisagem, pegar um solzinho sem se queimar demais e relaxar.



Muitos acham que o guarda-chuva seria uma boa solução em dias tempestuosos (como eu em outro dia), mas o guarda-sol seria muito mais apropriado, já que uma vez colocado na areia, te dará proteção em dias de sol muito forte e também em dias chuvosos. Só basta saber aproveitá-lo.



sábado, 10 de janeiro de 2009

A chuva

O dia seguinte amanheceu exatamente como o meu interior escuro... nublado e com muita chuva, que me fez até pensar na possibilidade de ter o poder de mudar o tempo (o que obviamente é uma ilusão).
Eu estava relativamente anestesiada, tranquila, mas com a cabeça fervilhando em milhares de pensamentos e acontecimentos dos últimos dias.
Lembrei-me de momentos bons, de um começo de ano memorável, e de sorrisos que outrora se transformaram em lágrimas frias e úmidas que se misturavam com a chuva fina lá fora e o clima ruim.

A cidade estava quieta, como eu provavelmente ficaria por muitos dias...
Tristeza não seria um problema, já que aprendi a espantá-la sempre com um sorriso (e confesso que apesar de sentir dor, venho aprendendo a me tonar uma mulher forte)

Melhor mesmo é ter um guarda-chuva.


ps: sugestões para a última frase do post by Flavia Jorge

Melhor mesmo é...

"tomar guaraná de canudinho"
"relaxar e gozar"
"ser abduzido por ETS fiéis"
"fazer a dança do siri"
"me jogar na parede, me chamar de Gioconda e me levar pra Itália" (by Martinha)


(essa segunda parte poderia ser intitulada
"Idéias para inutilidade pública de um dia chuvoso")

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Má sorte

A noite anterior tinha sido pesada, quente, desconfortante, com uma maré alta de tristezas e preocupações.
Hoje pela manhã o sol já estava alto, e saí com uma sensação ruim, de quem quer ficar dormingo o dia todo.
Acho que a noite pesada de ontem provocara efeitos ruins. Quando pisei na calçada à caminho de casa comecei a sentir gotas minúsculas caindo sobre o meu corpo curvado para observar o chão. Eu estava caminhando como em um enterro: devagar e cabisbaixa com meu óculos escuro, que começou a embaçar com as gotas. Rapidamente coloquei-o dentro da bolsa, e segui vagarosamente pela rua enquanto a chuva aumentava.
Avistei várias pessoas correndo para escapar, mas eu permaneci com passos curtos, sentindo as gotas se estatelarem sobre mim, e agradecendo por lavar a minha alma.
Minha gratidão durou segundos, pois, a chuva confortante durou pouco, mas, infelizmente meus pensamentos ainda duravam com a mesma intensidade...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

reticências

E veio o cavalo branco selvagem galopando em minha direção, sem ele.

Onde estaria o príncipe inexistente?

A minha torre é meu apartamento no último andar, de onde posso ver o pôr-do-sol, mas não ele.

Súditos eu não tenho... Apenas amigos.

Riquezas guardo no coração e n'alma.

E o sapatinho com certeza não é de cristal...

Mas estará em algum degrau da escada após a meia-noite se ele não vier.

Apenas perdido para ser encontrado.

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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Contados


E o vento soprou pela ultima vez...

Quando voltou já não era mais o mesmo,

Era novo, tranquilo, e revigorante.

Tinha um ar gostoso,

Como quando se é criança,

E o cheiro da chuva aparece de tardezinha.

Fechei os olhos e mergulhei em minhas profundezas,

Rapidamente apaguei todos os meus pensamentos,

Me livrei de todos os acontecimentos, e,

Limpei minha mente para o novo!


E qual não foi a minha surpresa quando o telefone tocou,

Quando você chegou,

Quando o interfone tocou,

Quando desci com o vestido branco e você estava lá.

Que surpresa com a sua gentileza,

De abrir a porta pra mim,

De criar sorrisos sem fim,

De fazer um carnaval dentro de mim.


E que seja assim...

E que assim seja.